terça-feira, 28 de outubro de 2008

Depois daquilo passei o resto da noite sentada na frente do meu piano. Coisa que eu acho engraçada, porque nenhum dos dois fala nada ( Eu por não ter com quem falar e o piano.. Bem, por ser um piano?) mas é depois de horas assim que me sinto completamente esclarecida. Primeiro pensei como achava engraçado o rumo das coisas em minha vida mudar tanto. Sei lá, não sei se isso é assim com a vida de todo mundo, mas no meu caso minha vida pode ser tudo, menos plana. Muda tudo tão rápido. E as vezes é por tão pouco. .-.
Depois, pensei na sensibilidade das pessoas e até mesmo na minha. É como se os sentimentos fossem de porcelana imperial. Uma coisa tão grande e tão delicada. Que por qualquer coisa pode se quebrar. Nunca imaginei que uma amizade poderia acabar por tão pouca coisa e que uma coisa tão pequena mostrasse tanto. E isso pra mim é um perigo, porque sou uma pessoa tão relaxada. Acho errado pessoas se ofenderem por tão pouco.
Um álbum no orkut vale mesmo mais que palavras? (Como eu fiquei pensando nisso? Me diga, pls)

Depois, comecei a tocar nas teclas do piano. E percebi que ele e todo os seu conjunto de cordas é a única coisa sólida que tive por toda minha vida. Que ele ia sempre ficar lá, nunca iria se magoar.Provavelmente por não ter sentimentos, o que me deixou completamente carente. Coomfas/ Meu maior suporte naquele momento era um piano, todo meu consolo vinha daquelas cordas, que mesmo sem serem tocadas passavam algo que nenhuma pessoa naquele momento me daria. Achei que poderia ser egoísta, por não deixar uma pessoa tentar ocupar o espaço que o piano me trazia, talvez eu pudesse ter um amigo tão leal como ele. Mas depois, veio em minha mente uma lista de pessoas em minha cabeça. Pessoas que eu julgava nem valer a pena lembrar, mas que nesse momento foi até bom, aí eu percebi que era bom só um piano mesmo. .-.

Sabe, como eu disse minha vida não é sempre plana. As vezes ela fica bem pra baixo, como agora. E, tudo que eu queria nesse momento, é que alguém mostrasse um pingo de preocupação. Não qualquer um, e sim as pessoas que eu realmente me importo, e que eu achava que iriam se importar. Não que eu estivesse esperando algo, era só uma doce ilusão de mutualísmo. E isso não aconteceu, por isso que eu prefiro o piano. O piano foi sim um companheiro fiél, aposto que se ele tivesse olhos, eles me passariam um consolo. E se ele tivesse boca, não cobraria uma foto dele no meu álbum e sim perguntaria porque eu fiquei tão distante por esse tempo. E naquele momento, eu desejei em silêncio que ele fosse um humano, assim como eu. Para subistituir o vazio que muitos deixaram em mim.

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